segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pensamento criativo & Pensadores (?) incompetentes

De quando em quando aparecem na vida dos artistas indivíduos que tudo confundem e utilizam suas mentes doentias para atacá-los, inconsequentemente. Nesses momentos abissais vomitam seus traumas de vida e suas frustrações, induzindo à conclusão de que tudo seja germinado na inveja e incompetência!

Não entendem esses indivíduos que a validade da crítica encontra-se na fundamentação e não na arbitrariedade. Não advogo pelos elogios falsos escritos tão somente para “agradar os artistas”. Mas, não é possível compactuar com os abusos cometidos por algumas pessoas que se infiltram nos meios artísticos, como “seres superiores”, para causar desarmonia, ofender, humilhar ou escarrar preconceitos. Isso, não! Omissão, jamais! O artista labora em prol da sociedade. Portanto, quem ofende ao próximo pode ser tudo, menos artista. E, a depender da ofensa, deverá responder moral e juridicamente pelo ato irresponsável. Em qualquer esfera do conhecimento é assim. Por que seria diferente nas Artes? Quem não consegue sobreviver num corpo social, que busque uma ilha...

Quando o assunto é Poesia deve-se reservar à leitura um espaço de prazer, que vai do arrepio da pele à convocação de aliança entre as mentes inebriadas do escritor e do leitor. O processo de leitura de um poema, qualquer que seja este, exige interação, diálogo íntimo entre autor e leitor, que ao apelo da palavra desnudam-se ao estabelecer um natural processo de sedução. Subjaz implícita no texto a volúpia da descoberta e a ciência dos prazeres da linguagem. O autor convida ao leitor - que aceita - adentrar nesse mundo de orgasmos intelectuais. A leitura de um poema confere ao leitor um papel vivo e enérgico direcionado à reconstrução do seu conteúdo, apoiando-se em sua experiência antecedente, em suas noções teóricas e, também, empunhando por alicerce a intenção do autor e a ambiência linguística, que possibilitam a declaração das idéias pretendidas.

Não obstante seja a obra artística a expressão dos sentimentos do autor, ao ser bem elaborada assume carater universal! O artista ama ou não, apaixona-se ou não, é sensual ou não. Pouco importa! O que interessa são as suas criações... essas, sempre frutos da sua paixão pela Arte, frutos do seu dom de expressar emoções vividas por ele próprio ou por outrem, ou, simplesmente, fruto do seu pensamento criativo.

E, o gostoso é isso mesmo, como salienta, em outras palavras, o querido poeta Marcial Salaverry: a inquietude que a criatividade provoca na mente do leitor e que somente a alma artística é capaz de realizar...

No mundo das Belas Artes Belas expresso-me através da música, da poesia e da pintura. Nada faço na inconsciência ou na inconsistência. Tudo é fruto de muito estudo e esforço individual. Meus dons naturais foram trabalhados desde a infância. Nada é milagroso! Nenhum raio mágico cai na minha cabeça de um momento para o outro. Sob exercício diário e exaustivo amadureço minha linguagem literária, musical e pictórica, onde técnica e inspiração conseguem, hoje, unir-se harmoniosamente na minha criação. Não brigo com as palavras ao criar meus poemas, não violento o ritmo quando retiro o som do meu acordeon, não escolho antecipadamente pincéis ou tintas, nem demarco a tela a priori ao pintar meus quadros. E - posso atestar - o processo criativo é o mesmo em quaisquer destas searas.

Arte não é desabafo de frustrações individuais mesquinhas, mas exposição de emoções eloquentes com destino universal! O resto... o que se pensar em desalinho à Paz Mundial e se colocar em dissonância ao bem estar social, cultural e moral... que seja ignorado como Arte!

O chistoso é que precisamente os que apontam os dedos em riste são os mais banais. Incompetentes travestidos de poetas, músicos, artistas...

Sejamos, nos caminhos da Arte: Exercício diário, Amor, Paz e muita Inspiração!


Cabo Frio, 1º de outubro de 2009 – 1h23
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz

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